Aristocracia pode ser definida como um grupo constituído por integrantes de camadas sociais com grande poder político e econômico. Esta camada social era típica do período em que a monarquia existiu em grande parte das nações europeias. Portanto, muitos aristocratas faziam parte da nobreza.
Aristocracia significa nobreza. É a classe social superior. O termo aristocracia tem origem no grego “aristokrateia”, que significa “governo dos melhores”.
Aristocracia é uma forma de organização social e política em que o governo é monopolizado por uma classe privilegiada.
Para Aristóteles, a aristocracia era o governo de poucos, dos melhores cidadãos no sentido de possuírem melhor formação moral e intelectual para atender aos interesses do povo. A aristocracia seria uma constituição original do governo, que poderia ser transformada em oligarquia, caso os governantes atendessem a interesses privados. A aristocracia teve origem na necessidade de um novo governo que combatesse a tirania, forma de governo em que o poder se concentrava em uma pessoa. Tal como a oligarquia, a tirania era uma forma de governo perversa, desviada da originária monarquia.
A conotação negativa do termo surgiu quando a aristocracia passou a ser comparada com oligarquia. O poder político era exercido por uma elite, um pequeno grupo de cidadãos escolhidos pela nobreza, prestígio social ou privilégios herdados de determinadas áreas científica, religiosa, artística etc.
O que é Aristocracia?
Com a ascensão do Império Romano, a aristocracia ganha uma importância fundamental para apoiar o Imperador assumindo cargos de confiança. Apesar de não constituírem mais uma forma de governo é impossível conceber a monarquia sem a aristocracia.
Durante o período feudal, dar títulos e privilégios para os nobres era uma forma do soberano compensar os serviços militares prestados por indivíduos na defesa do território.
No mundo ocidental, durante o Absolutismo, a aristocracia foi se convertendo em uma classe privilegiada que gravitava em torno do rei.
Desta forma chegamos ao significado mais popular que a aristocracia como sinônimo de um grupo de pessoas privilegiada economicamente.
Origem da Aristocracia
A palavra aristocracia tem origem grega e significa "aristos", melhor e "cracia", poder. Desta maneira, aristocracia significa, literalmente, o "governo dos melhores". Seria mais uma das formas de governo que existiu no mundo como a democracia, plutocracia, etc.
A aristocracia estaria formada por um grupo de pessoas distintas do restante da sociedade. Esta distinção se daria através da linhagem, da riqueza e da herança. Por isso recebem o nome de "aristos", os melhores indivíduos de uma sociedade ou no caso grego, cidades-Estado.
Aristóteles foi um autor que estudou a aristocracia e a defendia como forma de governo. O filósofo afirmava que os aristocratas pensavam no bem comum, ao contrário da Oligarquia que somente defendia seus próprios interesses.
Características principais
Os aristocratas possuíam privilégios em relação às outras classes sociais. Eram detentores de grandes propriedades rurais e tinham uma grande influência na condução da vida política de seus países.
A aristocracia tinha um jeito próprio de se vestir e frequentava apenas locais destinados ao seu grupo. Os aristocratas não se misturavam com integrantes de outras camadas sociais.
Na atualidade
Atualmente, em função da valorização do sistema democrático e dos direitos iguais, esta camada social aparece em poucas nações do mundo.
Aristocracia Rural e Brasileira
Durante o Brasil Império, a aristocracia brasileira foi criada através de seus dois monarcas.
É comum se falar em aristocracia rural no século XIX. Isto ocorre, pois os grandes proprietários rurais, receberam títulos de nobreza - normalmente de "barão" - do Imperador D. Pedro II.
Também militares que se destacaram em campanhas militares foram agraciados com títulos de nobreza como foi o caso do Barão de Caxias que se transformou no único Duque durante o reinado de Dom Pedro II.
Políticos que se sobressaíam em missões diplomáticas como José Maria da Silva Paranhos que foi distinguido com o titulo de Visconde de Rio Branco e que passou para seu filho, o Barão do Rio Branco.
Sêneca, o filósofo romano, relata a estória do assassinato de Calístenes por Alexandre, o Grande como sendo o "crime eterno" do líder macedônio. Escreveu Sêneca em sua enciclopédia Naturales Quaestiones:
Sempre que alguém disser que 'Alexandre matou vários milhares de persas', a contra-resposta será: "E matou Calístenes também". Quando alguém disser que 'Alexandre matou Dario, que possuía o maior reinado da época', a resposta será: "E ele matou Calístenes também". Quando alguém disser que 'Ele conquistou tudo o que havia sobre a terra até o oceano... e estendeu seu império desde uma esquina de Trácia até as fronteiras mais longínquas do Oriente', a resposta será: 'Mas ele matou Calístenes'. Embora ele tenha ido muito além das façanhas de todos os generais e reis que o precederam, dentre todas as coisas que ele fez nada será tão grande quanto esse seu crime.
Essa anedota resume dramaticamente aquilo que já foi considerado a mais sublime criação da Civilização Ocidental: o indivíduo aristocrata, celebrado desde os filósofos romanos, passando pelos ingleses do século XVIII, como Gibbon, até chegar aos americanos do século XIX, como Emerson.
Desde o apogeu daquela visão prometéica sobre o imensurável potencial do indivíduo — que fez de um Calístenes alguém mais importante do que todo um exército — até chegarmos à visão degenerada do indivíduo como um ser inevitavelmente fraco, cujo interesse próprio é quase sempre malévolo e cuja dignidade é inevitavelmente desvalida, poucas ideias ocidentais foram mais aviltadas e sujeitadas a uma implacável destruição do que a noção de indivíduo.
Com efeito, nada é mais banal e clichê do que vituperar contra a noção de individualismo, e caluniá-la como sendo algo inerentemente pecaminoso e moralmente errado. O "si próprio" passou a ser visto como um repositório de vergonha viva, culpa, ganância e atitudes anti-sociais.
É essa moderna e deturpada noção de "individual" que fez com que os problemas maciços enfrentados por todas as democracias ocidentais deixassem de ser fundamentalmente políticos e se tornassem majoritariamente filosóficos.
E tal realidade, por sua vez, resultou de uma confusão acerca de dois conceitos completamente distintos de democracia: há a democracia aristocrática — que foi aquela que os Pais Fundadores dos EUA tinham em mente — e há a democracia igualitária, que é justamente essa que criamos e na qual vivemos, e que está nos colocando em perigo.
Foi o próprio Thomas Jefferson quem disse que os cargos públicos deveriam ser exercidos por "aristoi naturais" e que a educação em uma República deveria ser "democrática e aristocrática". Também é válido relembrar os receios quase obsessivos de James Madison e Alexander Hamilton sobre uma "oclocracia", bem como a repulsa de ambos à ideia de democracia direta. (Escreveu John Randolph: "Quando falo em povo, tenho em mente apenas a parte racional dele. Os ignorantes e vulgares são incapazes tanto de julgar as modalidades de governo quanto de controlar suas rédeas").
Para ficar bem claro: "igualitário" não significa igualdade; significa o menor denominador comum tendo a maior influência política e cultural possível, seja essa influência impulsionada pela elite ou pelas massas. E o termo "aristocrático" é aqui utilizado não no sentido de baronatos, linhagens e fortificações muradas, mas sim em seu original sentido filosófico, o qual foi muito bem resumido por ninguém menos que o poeta Lord Tennyson como significando "auto-respeito, auto-suficiência e auto-perpetuação".
É essa qualidade de pensar no longo prazo, algo inerente à perspectiva aristocrática, que é o seu mais importante aspecto. É isso o que faz com que a liberdade do indivíduo em uma sociedade democrática seja duradoura e esteja ligada àquilo que o torna capaz de se sustentar e se manter vivo: seus meios de produção, ou o capitalismo.
Isso significa que uma democracia adequada — na qual o "auto-respeito e a auto-perpetuação" necessários ao cidadão são preponderantes — tem necessariamente de ser "devidamente" capitalista, pois apenas esse arranjo permitirá ao cidadão sua "auto-perpetuação" no longo prazo.
O futuro da democracia será decidido pela disputa entre visões de curto e de longo prazo. Nas décadas vindouras, é isso o que determinará se o Ocidente conseguirá ou não sair do seu declínio.
Postar um comentário